domingo, 5 de julho de 2009

CONFISSÃO


K. anda falando para sua musa que lê Bukowski. Ela não sabe nada além de revistas sobrre fotonovelas. As mulheres que falam com K. sobre Linguística não tocam seu lado sensual. K. confessou que adora mulheres que adoram levar uns tapas na bunda e têm unhas pintadas de vermelho. "Lembra-me dez flores", argumentava. Na barbearia K. era tido como um sujeito burro, mas inteligente. No bar, era o intelectual maluco. Mas estava sempre em companhia de mulheres que ficavam encantadas por ele. Os garçons riam, riam muito. Como podemos achar um conceito exato para amor? Ele deve ter fugido como os patos de The Catcher in the Rye, o Apanhador no Campo de Centeios. É obscuro o lugar para onde forram os patos. K. foi o único tio que não deu Harry Potter para seu sobrinho - mudando um pouco de assunto. Deu o Apanhador. Mas o livro foi para o lixo e não havia nenhum pato dentro da lata e no coração do pai de Larry. Amor pelo que é sensual, bom, desafiador... parece ter acompanhado os patos. (Geraldo Magela Matias)

Nenhum comentário:

Postar um comentário